domingo, 13 de janeiro de 2013

O preço da magreza


Valéria Levitin vive na pele  e no osso  as consequências da anorexia. Aos 39 anos e medindo 1,73 m de altura, ela pesa somente 26,8 kg, menos da metade do mínimo que deveria ter para ser considerada uma pessoa saudável. No entanto, em vez de ser vista como a personificação do perigo dos distúrbios alimentares, Valéria é modelo para muitas meninas que sonham ter seu corpo.

“Todas as cartas que recebi são de mulheres, principalmente com cerca de 20 anos, que me veem como uma espécie de inspiração”, disse em entrevista à agência Barcroft Media. “É por isso que quero lutar contra a anorexia. Eu não vou ensinar ninguém a morrer. Isto não é um jogo, uma brincadeira, é a sua vida”, completou.

Valéria desenvolveu a doença ainda na adolescência e hoje luta para vencer o problema, pois sonha ter uma família. Segundo ela, as críticas recebidas na infância da mãe, temerosa que a filha se tornasse gorda, e a mudança da Rússia para os Estados Unidos na adolescência, o que aumentou a pressão para ser magra, são algumas das explicações para a sua atual aparência esquelética.

Na luta contra a doença, ela afirmou que nunca desistiu de nada na vida e não vai desistir agora. “Eu tenho que ganhar, para sentir que minha vida não foi desperdiçada”, desabafou.


Para a psicóloga Valéria Lemos Palazzo, coordenadora do Grupo de Apoio e Tratamento dos Distúrbios Alimentares (Gatda), em São Paulo, o desenvolvimento da anorexia envolve uma combinação de fatores, que vão além do propalado culto da beleza e da magreza. 

“Cerca de 30% da população têm predisposição genética-hereditária para desenvolver distúrbios alimentares. Além disso, situações que afetem a pessoa e sobre as quais ela não tem controle podem funcionar como gatilhos para a doença”, afirma a especialista. Neste sentido, ao dominar o marcador da balança, a pessoa com anorexia tem uma sensação, ainda que falsa, de controle. “É claro que há a influência cultural na questão da anorexia, mas ela não é a única responsável”, disse.

A alimentação diária de Valéria se reduz a frutas, uma pequena quantidade de carne e legumes. Além disso, seu organismo não consegue digerir. Ela ainda precisa tomar medicamentos para fortalecer os ossos e cuidar dos hematomas.

A magreza excessiva, com o tempo, provoca problemas como anemia, interrupção da menstruação, queda de cabelo e das unhas, e pode levar até à morte por inanição. “No plano psicológico, muitos sofrem com isolamento social e familiar, depressão e pensamentos persecutórios”, completa Valéria, do Gatda.

Fonte: Folha Universal

5 comentários:

  1. Nossa, muito interessante e tocante o pos't. Tenho um depoimento no blog, de uma colega da minha escola que diz o quanto luta todos os dias contra essa doença

    Se quiser dar uma olhada: http://www.sentimentosingelo.com.br/2012/10/entre-nos-disturbios-alimentares-luta.html

    É muito triste né? :/

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    1. É uma luta um dia de cada vez, realmente é muito triste.
      Não conheço ninguém que passa por esse problema, mais deve ser muito difícil.
      Vou ler.
      Bjs

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  2. Oi Linda adoro Muito seu Blog e estou começando o meu e adoraria o seu apoio Valeu desde Já http://deusasbr.blogspot.com.br/

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  3. Oi querida,adorei seu blog...estou seguindo,segue de volta?beijinhos

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Obrigada pelo comentário!